Trabalho De Neurofisiologia
Vivemos numa cultura que tem orgulho de dormir pouco. Pessoas que dormem nove horas por dia são consideradas preguiçosas, enquanto admiramos as que em cinco ou seis já pularam da cama. O sono é essencial para a vida e é à base de muitas funções fisiológicas e psicológicas do organismo, tais como a reparação de tecidos, o crescimento, a consolidação da memória e a aprendizagem e etc. A privação do sono pode portanto, ter conseqüências metabólicas para o individuo .Além disso, o sono é um importante modulador da função neuroendócrina e do metabolismo da glicose. A redução do tempo de dormir resulta em alterações metabólicas e endócrinas, incluindo a diminuição da tolerância à glicose e da sensibilidade à insulina, desequilíbrio dos hormônios anorexígenos e orexígenos, com consequente aumento do apetite.
Os mecanismos relacionados com horas de sono e obesidade ainda não estão totalmente esclarecidos, mas é possível observar que, os distúrbios causados pela diminuição nos horários de sono influenciam o apetite, saciedade e, consequentemente, a ingestão alimentar, favorecendo o aumento da obesidade.
Estudos demonstraram que a grelina, um hormônio orexígeno (que promove a fome) está aumentado após a restrição de horas dormidas, enquanto que a leptina, um hormônio anorexígeno (que contribui para a percepção da saciedade), está diminuído. Além disso, a diminuição de horas de sono pode afetar o gasto energético corporal, pois a leptina, é um hormônio que aumenta o gasto energético e, portanto, mudanças nos níveis de leptina após a privação de sono afetam tanto a ingestão calórica quanto o gasto energético.
Dessa forma, dormir é um processo restaurativo do cérebro, importante para a saúde física e mental. A diminuição da duração do sono é bastante comum na sociedade e levanta preocupações sobre impacto negativo dos distúrbios do sono na saúde em geral. É necessário ter em consideração que quanto menos tempo de