Trabalho de MKT
Desenvolver habilidades de liderança, trabalhar em equipes multiculturais, conhecer de perto as necessidades de mercados emergentes, construir novas redes de relacionamento e desenvolver maior capacidade de adaptação. Essas são questões abordadas nos cursos de MBA das escolas de negócios mundo afora. Porém, em busca de experiências mais práticas e intensas, algumas empresas têm optado por enviar seus executivos para atuar como voluntários em ONGs ou entidades sem fins lucrativos em diferentes países. É o chamado sabático social.
A iniciativa não é comum no mundo corporativo, tanto pelo alto investimento quanto pela dificuldade de abrir mão dos profissionais durante certo período de tempo. Mas, na opinião de Mário Custódio, gerente da divisão de RH da consultoria de recrutamento Robert Half, trata-se de algo enriquecedor e que pode trazer ótimos resultados.
Segundo o especialista, a prática é mais adotada por multinacionais. "É muito importante para altos executivos de corporações com uma dinâmica multicultural terem essa vivência mais diversa. Isso facilita a criação de novos negócios e o trabalho em equipe", afirma.
A farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK), por exemplo, encoraja seus funcionários com alto desempenho a serem voluntários de forma integral no período de três a seis meses em organizações não governamentais por meio do programa Pulse, lançado em 2009. Desde então, participaram da iniciativa mais de cem colaboradores globalmente, dos quais cinco brasileiros, que atuaram ou estão atuando em países como El Salvador, Haiti, Guatemala, Argentina e também no Brasil.
"Além do benefício direto às comunidades e organizações atendidas, o engajamento dos colaboradores fortalece a cultura interna da empresa. Isso melhora a criatividade, a proatividade e o trabalho em equipe", afirma a diretora de RH Tatiana Melamed.
A gerente de RH Natália Cury, 33 anos, participou da primeira turma