Trabalho De Literatura Comparrada

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE LETRAS
INTRODUÇÃO À LITERATURA COMPARADA
PROFESSORA: Giovanna Soalheiro
ESTUDANTE: Mirian Vanessa Lopes Oliveira

Trabalho sobre os textos de "A Morte do autor, de Roland Barthes" e "O que é um autor de Michel Foucault”.

Barthes e Foucault abriram caminho para uma reflexão a respeito do papel do autor.
No texto “A morte do autor” Barthes inicia com a abordagem de um trecho de uma novela Sarrasine (1930) de Honoré Balzac. Põe-se a questionar quem seria o falante de um trecho expressivo sobre a personagem de tal forma que nos leva a refletir de modo impessoal na perspectiva da origem da fala daquela personagem. A partir disso somos provocados a entender que não podemos atribuir com certeza qual falante se manifesta. Daí Barthes parte a apresentar argumentos favoráveis a dessacralização da figura do autor e pôde mostrar que a atribuição da autoria não influencia no sentido da obra.
A abordagem feita por Barthes sobre o autor faz com que o leitor assuma papel primordial na interpretação do código linguístico, perdendo identidade o sujeito físico do autor. A idéia de autor, de acordo com Barthes surgiu depois da idade média em que o homem passou a ser o “centro”, o que foi impulsionado com o capitalismo através do positivismo. Na modernidade essa concepção foi se fortalecendo através do tempo, a obra passou a ser reflexo do autor dependo dele para sua interpretação. Em contrapartida Barthes recorre a Mallarmé e Valéry para enfatiza a importância da linguagem como papel primordial na escrita e faz extinguir a figura do autor. Ele defende que a escrita se vale da impessoalidade e o autor não é a chave para decifrar a mensagem do texto. Para Barthes o autor é mais um instrumento para a realização da escrita, ao declarar sua morte, instituiu a figura do Scriptor que nasce junto com o processo da obra e morre assim que ela é colocada em circulação. Segundo Barthes o Scriptor moderno não se coloca antes e tampouco depois