Trabalho De Introdu O Aos Estudos Liter Rios
Docente: Rogério Puga A Implosão
Neste trabalho pretendemos apresentar uma comparação entre as situações da Europa e de Portugal na época dos regimes fascistas e na atualidade, a partir duma análise ao livro A Implosão, de Nuno Júdice.
A Europa é, primeiramente, apresentada ao leitor como tendo sido bastante explorada quer a nível social, político quer económico. Uma das personagens parte do mito clássico da princesa Fenícia onde no qual Júpiter se transformou num touro branco a fim de atrair e violar a princesa, representando assim, a exploração que lhe é feita de forma recorrente, podendo assim levar a uma revolução por parte do povo.
Ambas as personagens concordam que o problema da Europa é o dinheiro. Enquanto antigamente os que roubavam tinham um rosto, no presente destas personagens os roubos são feitos por alguém cujo rosto se desconhece e, que para além de roubar de forma menos percetível (através do aumento de impostos, das taxas de juro), põem os bens das pessoas em leilão “ao preço da chuva”, as casas ficam vazias e são confiscadas e os proprietários passam a dever o que pensavam ser seu, vendo-se obrigados a mendigar. As personagens afirmam ainda que é o dinheiro que dá poder e voz às pessoas, daí os ricos quererem extrair o dinheiro ao povo, para que este não seja ouvido.
Daqui parte-se para um outro ponto: a luta entre classes. Podemos denotar um tom crítico quando quer o narrador quer o sósia de Lenine, mencionam que até os pobres são maus por muitos quase se matarem na disputa de território, concluindo que a luta de classes transferiu-se para os “miseráveis”.
Na conversa, ambos relembram o passado em que os que se isolavam eram vistos como informadores e os que se juntavam eram vistos como conspiradores e, por isso, foram criados uma série de códigos, falava-se numa voz baixa ou escrevia-se o que não podia ser dito em voz alta. O narrador refere que continua a haver escutas telefónicas e novos meios