Marchinhas de Carnaval Mais conhecidas como "marchinhas", é um gênero de música popular presente no carnaval brasileiro dos anos 20 aos anos 60 do século XX, altura em que começou a ser substituída pelo samba enredo. Sinônimo de bloco de rua encantam foliões de diferentes idades até os dias de hoje. Contar a história das marchinhas é de certa forma, narrar a história do próprio carnaval. As marchinhas de carnaval eram uma caricatura graciosa da sociedade, com sua mistura de humor, crítica dos costumes e invenção de moda - são testemunhos de outra era que já vai longe. A primeira marchinha foi composta em 1889, pela célebre maestrina e compositora Chiquinha Gonzaga. A canção “Ó abre alas” foi criada para o desfile do cordão Rosa de Ouro, foi a primeira música feita especialmente para animar o carnaval. As marchinhas são descendentes das marchas militares e das marchas populares portuguesas. Por animarem os blocos ou ranchos de foliões, passaram a ser chamadas de marchas-rancho. Possui compasso binário, andamento acelerado, melodia simples e de forte apelo popular, e lógico, letras irônicas, sensuais e engraçadas que muito agradavam os foliões. Crônicas urbanas, normalmente tratam de temas cotidianos, histórias do dia-a-dia dos subúrbios cariocas, tinham por muitas vezes, conotação política, o que faz muitas delas continuarem atuais. O duplo-sentido era muito explorado, na tentativa de dar leveza a temas difíceis de serem tratados. De amores e dores de cotovelo à sátira política e ao futebol, não havia tema do cotidiano que as marchas carnavalescas não abordassem. São fáceis de entender e memorizar, porque afinal de contas, a marchinha é a versão musical da caricatura. Como sua parenta gráfica, ela é debochada, politicamente incorreta, deforma a realidade, critica os costumes e é - digamos - uma arte "ligeira". De olho no mês de fevereiro, músicos, intérpretes e compositores se enfurnavam nos estúdios cariocas onde