Projeção de Mercator A Projeção de Mercator é uma projeção cartográfica cilíndrica elaborada pelo geógrafo, cartógrafo e matemático Gerhard Mercator (1512-1594). É, atualmente, uma das projeções mais utilizadas em todo o mundo. Esta projeção cartográfica – primeiramente denominada como Nova et aucta orbis terrae descriptio ad usum navigantium emendate accommodata – teve o mérito principal de ser a primeira projeção de mundo elaborada na Era Moderna, ou seja, com a expansão marítima europeia e a descoberta de novos continentes, foi a Projeção de Mercator quem primeiro conseguiu representar o globo esférico da Terra em um plano. A projeção de Mercator é do tipo conforme, isto é, conserva o formato dos continentes, mas altera a dimensão de suas áreas. Ela divide o planeta em 24 meridianos e 12 paralelos (os mesmos elaborados para estabelecer os fusos horários), igualmente espaçados e distribuídos sobre a camada terrestre. Como a Terra é esférica, a distância mais curta a ser percorrida sobre a sua superfície não é uma reta, mas uma curva, que recebe o nome de loxodrômica. O principal mérito da projeção de Mercator foi a sua capacidade de representar uma loxodrômica cartograficamente como uma reta. Por esse motivo, sua obra é amplamente utilizada para a navegação até os dias atuais. Assim como toda e qualquer projeção que objetive representar em um plano a esfera terrestre, a carta de Mercator apresenta algumas distorções. Essas distorções ocorrem no tamanho das áreas dos continentes, de forma que elas se tornam mais evidentes à medida que nos aproximamos dos polos. Uma crítica que essa projeção recebe é o fato de ela possuir um caráter eurocêntrico. Se considerarmos o contexto histórico-geográfico no qual ela foi elaborada, podemos compreender melhor essa questão. Afinal, sua elaboração aconteceu em um momento em que as