Trabalho de Biologia
O chef Bruno Didier defende que para ter um trabalho cuidadoso, descobrir sabores e criar pratos que encantam, não é possível abrir mão dos fungos. “A gente cozinha no restaurante pratos com cogumelos frescos, tudo de cultivo, já que o silvestre não é cultivado, mas com frequência boa”, comentou.
Em todas as estações do ano, os fungos vão parar na nossa mesa. Eles são essenciais, por exemplo, na fabricação do pão francês e de bolos. “Para o pãozinho crescer, inchar,tem que ter CO2, e esse CO2 é produzido na atividade de um fungo. Quando diz que ‘vai botar fermento’, é fungo. O fungo faz seu metabolismo, produz CO2, e o pão cresce, o bolo cresce. Inclusive, se deixar o pão de bobeira, ele mofa. Se mofou, também foi por causa dos fungos. O mesmo fungo que ajuda a fabricar ajuda a destruir”, explicou Fernando Beltrão.
As leveduras – fungos unicelulares que fazem a fermentação do açúcar – encontradas na padaria também estão na adega. Para ter um vinho na mesa e um bom queijo para acompanhar, só mesmo com muito fungo. “Muitos queijos famosos, caros e deliciosos, como o camembert, roquefort, são fabricados utilizando fungos, que entram no seu processo de produção. E a apoteose é o vinho, seja bom, médio, fraco; todos são produzidos pelo processo de fermentação, onde se usa a levedura, produzindo o etanol, o álcool etílico, que, uma vez presente, dá o teor alcoólico”, destacou o professor.
O álcool usado como combustível para carros também depende dos micro-organismos. “Etanol é um produto também dos fungos. As leveduras fazem a fermentação do açúcar e fazem com que a glicose se transforme em etanol. O álcool etílico produzido na destilaria vem para o posto,