Trabalho Cultura Corporal Seminario Racismo
1 INTRODUÇÃO
Desde os primórdios das sociedades, sempre houve a escravização de seres humanos, a exemplo do que os egípicios fizeram aos hebreus há milhares de anos. Porém, nessas épocas remotas não havia uma justificativa para a escravidão baseda em um conceito de raça, era pura e simplesmente o ímpeto bélico e consquistador do Homem que o levava a tal prática.
Em determinado momento da história, a filosofia cristã não permitia mais que as coisas procedessem dessa forma. Foi preciso então dissimular esse processo, criando uma ideologia de subordinação de determinadas raças. Esse processo consistiu em fabricar a ideia de que esses povos seriam 'beneficiados' pela escravidão devido à sua
'inferioridade' intelectual, religiosa e moral. Esse modelo era conveniente tanto ao sistema econômico quanto aos dogmas religiosos.
2 ORIGENS DO PENSAMENTO RACIAL
2.1 RELIGIÃO
No século XVI, os europeus já haviam ocupado a África e a América. O objetivo dos conquistadores sempre foi estabelecer uma relação de dominação e exercer atividades lucrativas, porém não poderiam perder o seu caráter religioso e civilizado. A solução foi buscar fundamentação na própria bíblia para justificar a escravização desses povos por parte dos europeus. A história bíblica conta que Noé teria amaldiçoado o seu filho Cam
(supostamente negro), por ter este, em certa feita, debochado do estado de embriaguez do pai. Noé teria determinado que o filho de Cam, Canaã teria de ser servo dos seus tios
Sem e Jafé. Com isso, toda a descendência do filho rebelde de Noé ficaria fadada a servidão. Segundo essa teoria, a linhagem de Cam teria povoado os continentes africano e americano, pois a cor da pele seria a “marca da maldição”.
2.2 CIÊNCIA
No século XIX, o racismo que era de carater religioso, tornou-se uma espécie de “racismo científico”. A craniometria foi um campo amplamente explorado por pesquisadores,
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com o intuito de se estabelecer uma hierarquia intelectual das raças. Essa ciência defendia uma