Trabalhadores do século xix
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As Cidades do Século XIX Mas, os benefícios do progresso não eram para todos. As cidades do século XIX, como Londres ou Paris, cresceram sem planejamento. Operários e burgueses já não dividiam a mesma vizinhança; os trabalhadores moravam junto às fábricas enquanto os patrões moravam nos subúrbios mais distantes e arborizados. As cidades foram surgindo em torno das fábricas. As ruas eram estreitas e formavam labirintos; as casas dos operários eram pequenas e miseráveis, grudadas umas às outras. Os cômodos não tinham janelas. O ar sufocava com os gases das chaminés e não havia serviços públicos básicos, como água limpa ou rede de esgotos. Essas cidades industriais eram feias, sujas e tristes; seus rios, imundos. Essa situação favorecia a disseminação de epidemias e doenças; cólera, varíola, escarlatina e tifo eram frequentes entre os trabalhadores. O trabalho nas fábricas consumia cerca de 15 horas por dia de homens, mulheres e crianças – algumas com apenas 5 anos. Os salários eram muito baixos, não permitindo aos trabalhadores usufruírem das maravilhas da sociedade industrial. As aldeias transformaram-se em grandes cidades e parte da população rural deslocou-se para os centros urbanos em busca de trabalho nas fábricas. Aliado ao aumento da produção e da produtividade houve sensível aumento populacional: entre 1750 e 1850, a população da Inglaterra quase triplicou. O preço na alimentação foi reduzido com o progresso nos métodos agrícolas – a máquina semeadora é um exemplo -, a importação de mercadorias de outros países, como os Estados Unidos, e o barateamento nos transportes devido às estradas de ferro. A invenção da comida enlatada, que se conservava por muito mais tempo, mudou hábitos alimentares. Se até o século XIX, o alimento sempre vinha das hortas e plantações locais, a partir de então ele poderia vir de qualquer canto do mundo.
O Trabalho nas Indústrias Têxteis Com a introdução das máquinas, a força muscular deixou de