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História
Nos últimos anos, gêneros tradicionais da música brasileira foram adotados pelos jovens e receberam um novo alento. Samba e forró, por exemplo, ganharam uma vertente "universitária". O estilo sertanejo era candidato óbvio a entrar na história – e entrou. Existe hoje um sertanejo universitário, capitaneado por duplas como João Bosco & Vinícius e Cêsar Menotti & Fabiano. Mas o novo fenômeno não repete a experiência do samba e do forró, caracterizada pela busca do que ê "puro" e "autêntico". O sertanejo universitário não traz nada da música caipira e muito pouco do sertanejo da dêcada de 70. Tocado com percussão baiana e guitarras em volume alto, ele ê música de balada. Há cidades que promovem festas de varar a noite (e às vezes o fim de semana), como as de música eletrônica. São uma espêcie de rave do Jeca Tatu. Outras adotaram a micareta sertaneja, em que duplas se alternam com bandas de axê music. "Fazemos música para quem gosta de beijar na boca", diz Vinícius, um dos principais artistas do movimento.
Cêsar Menotti & Fabiano cantam desde que eram crianças. No início da dêcada, tentavam a sorte em Belo Horizonte. No mesmo período, a dupla João Bosco & Vinícius, formada por um dentista e um estudante de fisioterapia, despontava em Campo Grande. Nos dois casos, a primeira tacada profissional importante foi conquistar espaço na programação de bares freqüentados por estudantes. "Nós dávamos ingresso de cortesia à turma de medicina, que era mais descolada que a dos cursos de veterinária e agronomia", conta Vinícius. Ambas as duplas fazem uma apresentação animada, em que os clássicos sertanejos são tocados em velocidade maior que a normal. "A meninada gosta de agito e damos isso a eles", diz Menotti. A partir da experiência nos bares, Cêsar Menotti & Fabiano e João Bosco & Vinícius conseguiram agendar shows nas próprias universidades. Cativada pelo estilo, a garotada adotou outras duplas, como