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Diante de todo o exposto, conclui-se que o modelo ideal de Estado para o Brasil é aquele pautado na participação cidadã e na democracia. Conforme a Carta Maior faz-se necessário construir verdadeiramente um Estado Social e Democrático de Direito voltado para a democracia participativa. Entende-se que a participação é um processo de construção lento e gradual, não podemos visualizá-la como algo fácil, sem obstáculos ou dificuldades. Fica claro que é uma conquista contínua, depende fundamentalmente da atuação doa atores sociais. A sociedade sempre girou em torno do poder e a teoria da participação não pode ignorar esse fato, este se torna por sua vez um forte obstáculo.
Estamos diante da construção da 'nova cidadania', que precisa formar um laço entre a 'cultura e a política', constituindo diferentes sujeitos políticos, transformações culturais como alvo da luta política e da luta cultural como instrumento para a mudança política.
A nova cidadania inclui o processo de invenção e criação de novos direitos, que surgem de lutas e práticas reais. São exemplos: o direito aos povos indígenas, direitos à diversidade cultural, a toda coletividade, a proteção à cultura, o direito à autonomia sobre o próprio corpo, o direito à proteção do meio ambiente, o direito à moradia, a construção da cidadania de baixo para cima, a adaptação dos próprios movimentos sociais à nova democracia, a formulação de um projeto para uma nova sociabilidade, que permitem construção da experiência democrático-participativa, no interior da própria sociedade.
Dessa maneira, a partir do momento que temos efetivamente um Estado de direito que abra possibilidades para a atuação no sentido não só de consulta popular é o caso de eleições, mas abra possibilidades para a sociedade civil participar efetivamente de assuntos sociais, terá o fechamento pleno do conceito de cidadania participativa. Entende-se que à medida que possibilitamos a realização de uma democracia