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2. Feminização crescente
Em 2000, as mulheres constituíam um pouco menos de metade dos migrantes e mais de 50 porcento nos países desenvolvidos, mas também na América Latina, nas Caraíbas e na antiga União Soviética. Em número crescente, elas emigram sozinhas, em virtude da procura de empregos tradicionalmente femininos por parte dos países ricos (trabalho doméstico, limpeza, prestação de cuidados a idosos, indústria do sexo), mas também por tomarem consciência dos seus direitos em sociedades onde persistem numerosos constrangimentos restritivos da sua emancipação. Se, por um lado, a relegação das mulheres emigradas para certos tipos de empregos as expõe a violências e a discriminação superiores a qualquer outra categoria de migrantes, por outro o seu percurso migratório realça e reforça a transformação dos papéis tradicionalmente desempenhados por homens e mulheres no plano público e privado.
3. Desenvolvimento de migrações irregulares
Segundo a OCDE, 10 a 15% dos 56 milhões de migrantes residentes na Europa encontram-se-iam em situação administrativa irregular e cerca de 500 mil migrantes sem documentos entrariam todos os anos nos países da UE, tantos como nos EUA. De igual modo, a maioria dos migrantes residentes na