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Estudos Literários O termo comédia vem do grego komoidía => komos = procissão (komoi). Daí, as festas ao deus Dioniso serem, na Grécia Antiga, a origem da comédia, ou seja, a mesma da Tragédia. A diferença entre a Tragédia e a Comédia era: na comédia, os jovens saiam, em procissão, às ruas, fantasiados de animais, batendo de porta em porta pedindo prendas, brincando com os habitantes da cidade. Na Tragédia, celebrava-se a fertilidade da natureza.
No tocante a importância do gênero, a comédia era considerada um gênero literário menor. Primeiro porque a tragédia contava a história de deuses e heróis; e a comédia falava de homens comuns. Segundo, o júri que apreciava a tragédia era nobre, enquanto o da comédia era escolhido entre as pessoas da plateia.
A encenação da comédia antiga era dividida em duas partes, com um intervalo. Na primeira, chamada agón, prevalecia um duelo verbal entre o protagonista e o coro. No intervalo, o coro retirava suas máscaras e falava diretamente com o público para definir uma conclusão para a primeira parte. A seguir, vinha a segunda parte, cujo objetivo era esclarecer os problemas que surgiram no agón.
É obvio que a comédia antiga, por fazer alusões jocosas aos mortos, satirizar personalidades vivas e até mesmo os deuses, teve sempre a sua existência muito ligada a liberdade de expressão, à democracia. De modo que, rendição de Atenas na Guerra do Peloponeso (conflito armado entre Atenas e Esparta) no ano de 404 a. C., extinguiu a democracia e, consequentemente, pôs fim a comédia antiga.
Aristófanes (447 a. C. a 385 a. C.) foi maior autor da comédia antiga, escreveu mais de 40 peças, das quais conhecemos apenas 11, entre elas: Lisístrata, As Vespas, As Nuvens e Assembleia de Mulheres.
A partir da capitulação de Atenas frente à Esparta, surge um novo tipo de comédia: a comédia nova (fim do século IX a. C.) e perdurou até o começo do