Trab
A cultura desde cedo, ensina o homem a usar símbolos para se comunicar por meio da fala, da escrita, das expressões corporais e faciais, entre outros. Sem interação, não ocorre ligação entre as pessoas. Se a interação é necessária para o homem é porque esta produz a cultura e sustenta a sociedade. Nesse contexto, entender o Autismo Infantil (A.I.) compete em tarefa fundamental para realização de uma efetiva inclusão. Estudar o Autismo (A.) requer um olhar sistêmico já que somente os fatores biológicos presentes na síndrome não são suficientes para explicar a singularidade de cada indivíduo, além de não haver ainda um marcador biológico específico para tal questão e por isso, muito há o que se desvelar. Assim como outras síndromes, o autismo é de difícil compreensão uma vez que vem seguido de comorbidades, sendo uma delas os sintomas de esquizofrenia. Isso porque dentro do espectro do autismo as crianças ficam geralmente ‘fora do mundo’. “[...] essas crianças, em sua descrição apresentavam um alheamento extremo já ao início de suas vidas, não respondendo aos estímulos externos e vivendo “fora do mundo.” (SCHWARTZMAN, 1995, p. 03) A criança afasta-se da realidade mantendo um contato isolado com seu mundo interior, o que explica o não relacionamento com outras crianças, seja por meio da comunicação verbal ou expressões faciais e corporais. A teoria afetiva proposta por Kanner (1943 apud ASSUNPÇÃO JÚNIOR, 2009) afirma que o autista tem ausência de comportamentos afetivos de ação e reação como: beijos, abraços, sorrisos etc., fator importante para o indivíduo ter um mundo próprio e com os outros. Com a falta de experiência social intersubjetiva do Autista tem dois resultados importantes: - falta de compreensão do próximo como portador de sentimentos próprios, pensamentos, desejos e intenções; - ausência da capacidade de abstrair, sentir e pensar simbolicamente. Revisando seu próprio