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Até meados dos anos 30 do século passado, a imprensa era o único suporte para a publicação de banda desenhada nos EUA. A própria evolução do meio e a necessidade de encontrar novas fórmulas de difusão convergiram numa nova proposta comercial. O comic-book, de invenção e formato tipicamente americano.
O comic-book (livro de banda desenhada) era, nos seus primórdios e em alguns casos ainda continua sendo, uma publicação periódica de pequeno formato que incluía uma ou várias histórias completas protagonizadas por personagens fixas. Basicamente a reimpressão de tiras de BD da imprensa. Editava-se com papel de baixa qualidade, cores berrantes e uma impressão bastante deficiente.
Em contrapartida, não estava sujeito à censura prévia e gozava de uma enorme liberdade criativa, ao serem publicados por empresas independentes dos grandes interesses políticos e económicos da imprensa diária, e não estar submetido ao controle dos sindicatos.
O desenvolvimento da história, agora em formato tablóide (10x15), já não se resumia ao reduzido espaço de uma tira horizontal e ao experimentar de novos sistemas narrativos. No seguimento deste processo está o nascimento de um gênero emblematicamente americano. Os super-heróis da BD.
Como foi anteriormente constatado, os anos entre 1929 e 1945, assistiram, nos EUA, ao desenvolvimento da banda desenhada heróica. Numa primeira fase com heróis humanos e, posteriormente, sobre-humanos, o que balizou a apelidada idade de oiro da bd. O sucesso foi tal, que rapidamente se expandiu para toda a Europa, abafando potenciais bandas desenhadas originais e especificamente européias. Está-se perante o apogeu dos comics americanos.
O primeiro dos três grandes períodos dos comic-books tem o seu embrião em Fevereiro de 1935, quando a editora New Fun Comics saiu para o mercado. O criador, o Major Malcolm Wheeler-Nicholson, decidiu que não queria pagar os direitos que os jornais cobravam pelas suas tiras antigas