torna-se pessoa
1 Psicodinâmica
De acordo com a psicodinâmica, os transtornos de ansiedade, também conhecidos como estrutura histérica de angústia, correspondem a uma disposição neurótica combinada com um fator estressante desencadeado na segunda infância, na fase fálica. Essa estrutura é caracterizada por um funcionamento psíquico marcado, especialmente, pela localização da angústia em pessoas, coisas e situações que são percebidas como fonte de medo irreal e persistente, que parece não ter justificativa na realidade. Por exemplo, um indivíduo pode se tornar muito ansioso quando confrontado com aranhas ou quando está em um prédio alto. Um aspecto importante do medo fóbico é que o indivíduo está consciente que esse medo não é realmente justificado, mas ao mesmo tempo, eles não podem simplesmente parar com esse medo.
De acordo com Eizirik et. al (2008):
O sujeito fóbico se sente ameaçado pelo objeto, esse fragmento do mundo externo, com um sentimento sinistro. O paciente tem certeza de que tal objeto quer lhe fazer mal, mesmo que não possa dizer que tipo de mal. Sendo o produto de deslizamentos substitutivos do objeto reprimido que não substituiu de todo, o objeto fóbico tem uma espécie de coisa concreta, direta “real”. Com os objetos proibidos da fobia não estão de todo reprimido, que conserva uma relação direta com um impossível, o incestuoso. Em relação ao falo imaginário, o objeto fóbico tem características de hiper presença real.
O fóbico vive uma experiência de angústia, pois o objeto que retorna da repressão é pavoroso, não pode estar perto dele porque o horror segue tornando-o impossível. A única coisa que o fóbico pode fazer é afastá-lo, controlá-lo com olhar ou estabelecer regras de distanciamento, sabendo que não é objeto externo que o indivíduo fóbico quer manter distância, mas sim a angústia dentro de si.
É na fase fálica que a criança vive o complexo de Édipo, onde o menino tem desejos incestuosos em relação à mãe, mas limitam os