TOPICOS EXAME FISIO GUYTON

RESUMO FISIOLOGIA I PROVA II
URINA CONCENTRADA
No momento em que exite um déficit hídrico corporal, o rim gera urina concontrada por continuar a excretar solutos ao mesmo tempo em que aumenta a reabsorção de água nos túbulos. Esse processo faz com que o volume de urina excretado sofra uma redução. Para que isso ocorra, é preciso que os níveis do hormônio anti-diurético (ADH) estejam altos para que induzam a formação de canais de água chamados aquaporinas e aumentem a permeabilidade à agua nos segmentos tubulares. O que faz com que estes níveis estejam altos é a detecção de aumento de osmolaridade (concentração ou número de solutos como Na) por parte das células da mácula densa, o que induz maior secreção de ADH pela glândula hipófise posterior. Somado a este nível alto de ADH também é necessário uma alta osmolaridade do líquido intersticial medular renal, que vai produzir gradiente osmótico necessário para que a água passe por osmose para esse meio mais concentrado de soluto (hiperosmótico). No momento em que a água se desloca pela membrana desses túbulos, ela é retornada à circulação sanguínea pelos vasa recta, na tentativa de compensar esse déficit hídrico existente.
MECANISMO DE CONTRA CORRENTE
Uma das condições necessárias para a formação de urina concentrada é a alta osmolaridade do líquido instersticial medular renal, e para que essa osmolaridade esteja alta são necessários mecanismos como o de contra corrente, que gera esse ambiente hiperosmótico, e que nada mais é do que as reabsorções de solutos que ocorrem ao longo dos túbulos, voltando à circulação sanguínea através dos vasa recta (paralelos à alça, mantendo a mesma forma). O fato de uma grande quantidade de água ser reabsorvida devido a presença de ADH garante que a condição hiperosmótica seja mantida no interstício medural renal, assim como a recirculação da ureia, outro fator que contribui em 40-50% dessa hiperosmolaridade, além dos solutos envolvidos já mencionados (sódio, cloreto, potássio).