Top down e bottom up
Top-down (de cima para baixo) tem como vantagem o facto de serem as pessoas com poder de decisão a marcar o passo – definem os alvos e objetivos e fornecem o financiamento. A implementação é deixada ao pessoal apropriado. Esta abordagem assume um carácter diretivo, por exemplo:
Exploraremos o novo mercado.
Eliminaremos alguns segmentos da nossa linha de produção corrente.
Competiremos num novo segmento de mercado com um novo produto.
Investiremos nesta nova tecnologia no futuro.
Faremos um investimento no automatismo da produção.
Tais diretivas não deixam dúvidas sobre onde a empresa encontrará o seu futuro. Os únicos limites da inovação top-down são os recursos humanos.
Exemplo de uma inovação top-down:
Em 1982, a Canon começou a reconceptualizar o negócio das fotocopiadoras e investigou as possibilidades de tornar as fotocopiadoras mais leves e compactas. A direção sabia que uma fotocopiadora inovadora não surgia com apenas alterações menores nos componentes e modificações na linha de produção. Necessitaria de uma análise meticulosa do mercado de forma a definir as características, vantagens e benefícios requeridos. A Canon abordou a oportunidade com uma equipa de projeto de alto nível.
A equipa incluía:
Gestor de projeto – o diretor do Centro de Desenvolvimento dos Produtos Reprográficos (CDPR);
Consultor do diretor da gestão do projeto da CDPR;
Diretor do planeamento corporativo técnico e centro de operações;
Membros representantes do controlo da qualidade, finanças e marketing;
Grupo de trabalho para examinar os problemas em cópias a cores.
Bottom-up (e baixo para cima) é a inovação que surge algures no interior da empresa. Todos são bem-vindos a participar na inovação bottom-up (de baixo para cima). Este tipo de inovação fornece os maiores desafios aos inovadores – aquelas pessoas que pensam de modo diferente, que têm muitas questões, muitos