Tomismo
(a) A Filosofia Escolástica: No século XIII, o Ocidente Europeu foi o palco de uma Revolução Filosófica Medieval. A aquisição de novas fontes filosóficas exerceu forte influência sobre a vida intelectual. Do Oriente, as recém-chegadas filosofias árabes e judaicas, juntavam-se à tradição filosófica platônica e à vetus logica aristotélica, no Ocidente. Ampliou-se o legado aristotélico com a nova logica e as suas obras cosmológicas, política, ética e metafísica. Neste ambiente, a Escolástica estava munida de um leque incrível de fontes filosóficas. Logo, o estudo da filosofia aristotélica tomaria lugar de destaque nas universidades medievais, com novas versões e traduções para o latim dos inéditos textos gregos. Na Universidade de Nápoles, por exemplo, estudavam-se até seis anos de filosofia aristotélica, a ponto de ele vir a ser chamado 'o filósofo', hábito que herdou o próprio Tomás de Aquino [1225-1274] ao referir-se, em seus escritos, a Aristóteles. A famosa abertura do Livro I da Metafísica de Aristóteles: Todos os homens tem o desejo natural de conhecer [Met.I,980a 1-2] havia posto em evidência os estudos filosóficos. Neste contexto cresceu e desenvolveu-se o pensamento de Tomás de Aquino.
(b) A Filosofia Tomista: Em virtude da excelência de sua teologia, há que se afirmar a importância de sua filosofia. Neste sentido, o Aquinate, embora não desejasse ser senão teólogo, foi verdadeiramente um grande filósofo, pois sabia que a razão não contrariaria a fé, se ela fosse