Tomate seco
Rosimere Ferreira Santana 1. Introdução A pirâmide etária mundial passou por intensas mudanças nos últimos séculos, a expectativa de vida aumentou e o estudo do envelhecimento tem sido foco de atenção, gerando ações sociais e governamentais, além de exigir profissionais qualificados que atuem nesta área. Com a melhora na qualidade de vida da população, os indivíduos vêm envelhecendo em ritmo acelerado, sendo fundamental a garantia da longevidade e satisfação pessoal. O envelhecer é uma fase do curso da vida marcada por mudanças físicas, psicológicas e sociais que acometem todos os indivíduos. Este também se caracteriza como um momento de reflexão, em que o idoso percebe que alcançou muitos objetivos, mas também sofreu muitas perdas, das quais a saúde destaca-se como um dos aspectos mais afetados¹. Dentre as enfermidades crônicas passíveis de afetar pacientes idosos, os problemas do campo da saúde mental representam parcela importante. Entre eles, os distúrbios afetivos com alterações do humor são os principais², com ênfase para aqueles apresentando sintomatologia depressiva. A depressão em idosos é uma síndrome heterogênea quanto à etiologia e aos aspectos relacionados ao tratamento. Assim como a depressão de adultos mais jovens, sua causa frequentemente é multifatorial, e fatores biológicos e psicológicos desempenham papel fundamental no aparecimento desse quadro. Os indivíduos idosos são expostos a vários possíveis fatores de risco que contribuem para a prevalência elevada de depressão neste grupo etário³. Os pacientes e seus familiares nem sempre estão conscientes da presença de depressão. Considerados parte do envelhecimento normal ou atribuído à carga acarretada por doenças físicas, os sintomas depressivos em idosos podem ser também minimizados por profissionais da saúde. O tratamento eficaz para a depressão tem início com a realização de procedimentos diagnósticos