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1. A cena internacional contemporânea
A abordagem tradicional das relações internacionais foi pautada por alguns antagonismos clássicos, como aquele entre realistas e idealistas, por exemplo. Os antagonismos teóricos não opunham, porém, os diferentes autores no que tange à concepção acerca da noção de ator, ou seja, do personagem que, ao fim e ao cabo, seria o responsável pelas ações políticas dotadas de repercussão internacional. A noção de ator, assim, era confundida com a de Estado soberano, ou seja, aquele detentor monopolista do exercício da violência legítima, num dado território1. Pode-se lembrar, inclusive, uma certa crítica dirigida aos autores marxistas que, no início da Guerra Fria, eram os únicos a se referirem àquilo que seria um outro tipo de