Todas as Cores
Meus planos
Não desperdices meus planos!
Já basta ter do sonho, a metade.
Ouve-me dizer o quanto te amo!
Sonha comigo pra que vire verdade.
Inclua-me em tua lista de enganos.
Que seja por uma única tarde.
Não desperdices meus planos!
Já basta ter do sonho, a metade.
Te amar é ter tudo em mim!
Toca-me a lua – simples assim!
Não me contes ao passar dos anos.
Deixa-me ser tua com perdas, sem danos.
Não desperdices meus planos!
Beatriz Araujo
Lá vem Pollyana!
Lá vem Pollyana!
Dançando erguida na ponta dos pés.
Como fosse a alegria do drama reinventa em minha vida, o viés.
Da arte que a todos encanta,
Ela – é o sonho com um final sem revés.
Lá vem Pollyana!
Dançando erguida na ponta dos pés.
Quanta poesia em seus movimentos!
Ouço pássaros, mares e ventos...
Tudo é uno nos passos da bailarina!
Lá vem a dança das chamas! Ah, sim!
Lá vem Pollyana!
Beatriz Araujo
Fazer-te amor
Sempre acreditaste valer a pena
Não apenas amar, mas fazer-te amor
Em teus dias vives sempre o mesmo cruel dilema
Investindo contra a fleuma todo o teu furor
Corres a revelia das amarras, da entrega pequena
E não deixas descansar o dia, antes do sol se pôr
Sempre acreditaste valer a pena
Não apenas amar, mas fazer-te amor.
Tua alma é tão linda e leve!
Cabe neste breve poetar imerso em tua dor.
A ti plantei em versos, aqui neste poema!
E me vi colher a flor do amor por que
Sempre acreditaste valer a pena!
Beatriz Araujo
Todas as cores
Olha, meu amor!
Essas são as flores que em teus campos colhi.
São flores de múltiplas cores
Pra que lembres o tanto
Que gosto de ti!
Guarde-as em bom lugar!
Não tão perto que as sufoque,
Nem tão longe que não as veja!
Regue-as com o calor de teu toque e com um amor que as proteja!
Hão de retribuir-te toda a atenção recebida.
Multiplicar-se-ão em minha arte!