TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo
Aspectos genéticos do transtorno obsessivo-compulsivo Christina H Gonzalez
Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina. São Paulo, SP, Brasil
Abstract
Since the first descriptions of obsessive-compulsive disorder (OCD), genetic factors have been implicated in the etiology of the illness. Twin studies show a high concordance rate for monozygotic twins. Family studies found a higher risk for OCD among relatives of OCD patients. Segregation analysis studies suggest the possible role of a major effect gene in the etiology of OCD. Association studies using molecular techniques have been conducted to try to find a specific gene or polymorphism involved in OCD. This review outlines the evidence gathered to date, including the recent findings in the molecular genetics analysis.
Keywords
Obsessive-compulsive disorder. Etiology. Genetics. Genetic predisposition to disease.
Introdução
Desde o início do século XX, os autores que descreveram o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) fizeram referências à importância da hereditariedade na etiologia da doença. Pierre
Janet, na sua descrição sobre a “psicastenia” em 1903,1 observou uma freqüência de 28% de psicastenia entre os genitores dos pacientes. Vários autores se dedicaram ao estudo dos aspectos genéticos do TOC e, em sua maioria, observaram que o transtorno se agrega em famílias.2
Neste artigo, descrevem-se os métodos de estudo de aspectos genéticos no TOC, os principais estudos realizados na área e seus resultados.
Estudos de gêmeos
O método de estudo de gêmeos consiste em comparar o número de pares de gêmeos monozigóticos (MZ) em que os dois indivíduos são afetados pela mesma doença com o número de pares de gêmeos dizigóticos (DZ) em que os dois indivíduos são afetados. O material genético dos gêmeos MZ é idêntico; portanto, diferenças entre os indivíduos são devidas a mutações genéticas ou a