Tipos de Pontes
A obra pode ser dividida em três seções principais, que foram construídas simultaneamente: a ponte propriamente dita, sobre a baía da Guanabara, as vias de acesso no Rio de Janeiro e as vias de acesso em Niterói.
"A parte mais complexa, é claro, foram os 9 quilômetros erguidos sobre o mar, o que exigiu a perfuração do subsolo oceânico na busca por um terreno rochoso que aguentasse a estrutura da ponte" ( Engenheiro Civil Bruno Cantarin).
O engenheiro foi diretor técnico na construção histórica. Além do longo trecho sobre a água, vários quilômetros de rampas e viadutos de acesso precisaram ser feitos para integrar a ponte ao sistema de tráfego local. Com isso, a extensão total da obra chegou aos 13 quilômetros. O sonho de fazer uma ligação direta entre as cidades do Rio e de Niterói já existia pelo menos desde o século 19.
Quando a obra finalmente ficou pronta, em 1974, virou imediatamente um orgulho nacional. "A ponte bateu alguns recordes notáveis, como o de maior vão livre com viga reta, com 300 metros de largura e 72 metros de altura", diz o engenheiro civil Mario Vilaverde, que também trabalhou na obra, como superintendente técnico. Outro fato impressionante foi o volume de material usado.
Se os sacos de cimento da obra fossem empilhados, teríamos uma altura 500 vezes maior que a do Pão de Açúcar. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, a ponte Rio-Niterói não é a mais longa do mundo, mas é a mais longa do Brasil.
Ligação concreta - Tubos metálicos, pilares e blocos de concreto maciço sustentam os 9 quilômetros de pista sobre o mar
As fundações da ponte foram construídas com a ajuda de ilhas flutuantes, que levavam os equipamentos de perfuração do leito oceânico. As grandes perfuratrizes trabalhavam dentro de tubos que as protegiam da água do mar. As escavações tinham que atingir trechos de rocha sólida, capazes de sustentar as bases da ponte.
Nos buracos eram então instaladas