Tipos De Mercantilismo
Bulionismo ou Metalismo
A concepção predominante é: “a riqueza da nação é determinada pela quantidade de ouro e prata que ela possuí.” Por isso, o intuito era proibir toda a exportação de outro e prata, mantendo o estoque interno total de metais preciosos em circulação, impedindo que as pessoas os retivessem para a confecção de adornos ou como forma de poupança.
A Espanha foi a nação que mais acumulou riquezas a partir da exploração de seus territórios coloniais na América. Para o país, o colonialismo foi a base de acumulação de riqueza metalista. Como a produção de metais se encontrava abundante, houve então um desinteresse pela produção de bens agrícolas e industriais, o que ocasionou uma queda na produção e a disparada dos preços, gerando assim, uma altíssima inflação no país (decorrente da alta vertiginosa do preço das mercadorias então em escassez), conhecida como Revolução dos Preços. Os efeitos dessa crise econômica, que atingiu, sobretudo, as camadas populares, chegaram a provocar o decréscimo da população espanhola: a Espanha era obrigada a adquirir os gêneros que precisava e sem nada exportar em contrapartida, não conseguiu assim reter os metais preciosos, que acabaram escoando para outros países europeus.
Essa ideia metalista é a alma do pensamento mercantilista e se encontra subjacente em todas as suas expressões.
Luis Ortiz, ativo durante a segunda metade do século XVI e contador de Fazenda de Castela durante o reinado de Filipe II, escreveu um Relatório ao rei para impedir a saída de ouro após a bancarrota dos Áustrias, primeiro texto dos mercantilistas espanhóis, no que considera que o descenso dos preços radica na conservação do ouro em Castela e, para tal fim, creia um plano com o que pretende o fomento dos recursos, que foi publicado em 1558 e não achou repercussão, em que pese ao seu iluminador análise da crise econômica do reino. Entre as principais medidas que propunha achava-se a retirada de todo tipo de lazer, a