Tipos de Fruto
Os frutos foram uma importante aquisição evolutiva das Angiospermas, que contribuíram decisivamente para o sucesso desse grupo de plantas. O fruto é resultado do amadurecimento do ovário, processo que inicia com a fecundação dos óvulos em seu interior, acompanhado de uma modificação de seus tecidos provocada pela influência de hormônios vegetais, que interferem na estrutura, consistência, cores e sabores, dando origem ao fruto. A função primordial é proteger as semente em desenvolvimento, sendo a principal razão atribuída pelos estudiosos ao fechamento dos carpelos nas primeiras Angiospermas. Os frutos mantêm-se fechados sobre as sementes até, pelo menos, o momento da maturação. Quando as sementes estão prontas para germinar, os frutos amadurecem, e podem se abrir (liberando as sementes ao solo) ou não, são chamados de frutos deiscentes e frutos indeiscentes.
Outra característica é a ocorrência de frutos sem sementes. São chamados partenocárpicos, sendo produzidos por partenocarpia, que é o processo responsável pela formação de frutos sem fecundação, ou seja, flores que não foram polinizadas. Em outros casos, ocorre a polinização, mas os tubos polínicos não se desenvolvem completamente e não fecundam os óvulos ou ainda pode ocorrer a partenocarpia pelo aborto do embrião, antes que o fruto atinja a maturidade.
No decorrer da evolução, as plantas com flores e frutos desenvolveram novos tipos de frutos, e novas estratégias para a dispersão das sementes contidas neles. Existem frutos que secam e abrem-se na maturação, simplesmente liberando as sementes sobre o solo. Outros, ao se abrir, expelem as sementes de forma explosiva, arremessando-as a grandes distâncias. Os frutos carnosos normalmente dependem de animais, que carregam os frutos para outros lugares, ou os ingerem, e carregam suas sementes no trato digestivo para serem liberadas longe do local de origem. Há também certos frutos armados de espinhos que agarram-se à pelagem de mamíferos ou penugem