Tipos de conhecimento
TIPOS DE CONHECIMENTO O texto que segue é uma coletânea de excertos elaborada pelo professor a partir do texto de Arcângelo Buzzi, Introdução ao pensar.(BUZZI, Arcangêlo. Introdução ao Pensar. Petrópolis, Vozes, 1975) Introdução Quem quer pensar deve aprender. Só o ser-humano aprende a pensar. E aprende porque está no pensamento. Por sentir-se na proeza do pensamento, ele mesmo se define animal que pensa.
"Se o teu destino é pensar, então venera esse destino como se venera um deus e sacrifica-lhe o que de melhor tiveres, o que mais amares" (Nietzsche, F.).
Para merecer a arte de pensar, precisamos frequentar a realidade. Aqui o pensamento aprende a pensar. Fora dessa escola não há aprendizagem. À medida que aprendemos a pensar, o pensamento ingressa no conhecimento e na linguagem. Isso o deixa maravilhado. O conhecimento e a linguagem são as luzes e os sons da realidade. A variação das luzes do conhecimento e a escala de sons da linguagem excitam o pensamento e o estimulam a pensar . A semente que germina produz ramos, folhas, flores e frutos. O pensamento que pensa produz conhecimentos e falas diversas. Produz o conhecimento que calcula (as ciências), imagina (as artes) e confia (a fé). E produz a filosofia. O pensamento que filosofa ensaia uma aprendizagem de pensar. Pensar é filosofar! Filosofar não é adejar, mas fazer do pensamento caminho que vá à raiz do mundo e sinta nessa proximidade o enigmático que ainda não aprendeu a pensar.
"Não se deve querer arrebatar ao mundo seu caráter inquietante e enigmático" (Nietzsche, F. Vontade de poder, n. 597) .
O filósofo suspeita outra realidade, escondida no mundo em que vivemos.
"Todo homem que for dotado de espírito filosófico há de ter o pressentimento de que, atrás da realidade em que existimos e vivemos, se esconde outra muito diferente e que, por conseqüência, a primeira não passa de uma aparição da segunda" (Nietzsche, F. Origem da tragédia. Lisboa, 1972, p. 37).
Para pressentir no mundo outra