Tipos de Conhecimento
Curso Superior de Gestão em Tecnologia da Informação
Ari Rodrigues
Florianópolis, 12 de Novembro de 2013.
Sumário
Introdução A espécie humana diferencia-se das outras espécies por uma extraordinária capacidade de adaptação baseada não tanto em características biológicas, mas sobretudo na sua faculdade de aprendizagem. Esta decorre ao longo da vida e de forma cumulativa entre gerações, graças à linguagem e à utilização de ferramentas cada vez mais complexas que equivalem a um processo acelerado de evolução artificial. A capacidade de adaptação da espécie humana a ambientes, climas e condições de vida diferentes permitiu a lenta colonização do planeta, graças ao conhecimento e à técnica. No entanto, esta aptidão em encontrar soluções específicas a constrangimentos locais converteu-se na época moderna num projeto consideravelmente mais ambicioso, o de libertar-se inteiramente desses constrangimentos, e que encontra a sua expressão mais pura na frase de Descartes sobre a finalidade do progresso científico: ajudar o homem a "tornar-se senhor e dono da natureza".1 Em todos os casos em que a ciência tem implicações sociais, além de não se refugiar atrás do argumento da prova, os cientistas devem assumir a responsabilidade de interessar os cidadãos tal como aprenderam, por motivos económicos, a interessar os responsáveis políticos na relevância do seu trabalho de investigação. Esta interação não prejudica a ciência, antes pelo contrário. Não é isolando o trabalho científico dos debates e possíveis interferências sociais e políticas que se garante a sua qualidade, mas sim com um processo de posta à prova contínua, incentivada por uma mistura de concorrência e de interesse comum pela detecção de erros antes que neles tenha sido construído um corpus teórico demasiado importante. Entretanto, o que permite o avanço da ciência é a sua