TIPESC

A TIPESC é uma sistematização dinâmica de captar e interpretar um fenômeno dentro de um contexto social historicamente determinado, intervindo nessa realidade, também prosseguir avaliando o produto e o processo da assistência e do cuidado, para interpor novos instrumentos de intervenção. Ela foi desenvolvida em etapas: captação da realidade, interpretação, projeto de intervenção, intervenção na realidade e reinterpretação. Sendo que, elas podem acontecer simultaneamente. É, por tanto, um saber instrumental, que visam transformar o objeto. Finalidade e meios e instrumentos são outros elementos do processo de trabalho.
O Trabalho em si ocorre por ação dos agentes. Eles são as pessoas que participam. O produto é o final do processo. A finalidade é a previsão do produto. Lugares e equipamentos onde se instalam são chamados de meios. Os instrumentos são as ferramentas, que podem ser coisas ou saber (saber instrumental). Por fim, o objeto é a matéria que será modificada e o abrigo das necessidades em saúde.
O processo assistencial, proposto por Wanda de Aguiar Horta, para ser coerente com a visão de mundo realista e não idealista, precisa reconceitualizar as necessidades do ponto de vista histórico e dialético. Agnes Heller, define necessidade, baseando-se em Marx, como um desejo consciente, que motiva a ação. Podem ser dois tipos de necessidades: naturais (conservação e perpetuação da vida- alimentação, abrigo e etc.) e necessárias(propriamente humanas- liberdade, autonomia e etc.), ambas socialmente determinadas. Há, ainda, as necessidades alienadas: movidas pelo dinheiro, capital. As necessidades de saúde situa-se entre natureza e cultura, não se refere somente à conservação da vida, mas à realização de um projeto de vida.