Tintin

A questao ètica mais marcante no livro de Hergé, “O Lotus Azul”, é o preconceito. A cena que mais exemplica isso é quando um ocidental de nome Gibbons, atraversando a rua sem prestar atençao, vem quase atropelado por um puxador de riquixa chineis. O ocidental começa a insultar o pobre chineis chamando-o de “animal” e “amarelo atrasado”. Podemos ver aqui a cocepçao de superioridade da raça dos brancos sobre os orientais. O branco com a desculpa de que a finìssima cultura ocidental nao trazia outra coisa que benefìcios para a sociedade chinesa ja que os civilizava, se mostra indigninado com a reaçao de Tintim ao ver a conduta do senhor Gibbons. Outro momento importante na historia é quando depois de Tintim salvar um garoto de nome Chang, eles conversam sobre os preconceitos que há sobre a China. Falam, por exemplo, de como os ocidentais tinham a idéia de que todos os chineses sao homens cruéis que usam traças com roupas estranhas, e passam o tempo inventando torturas. Ou como todas as mulheres tivessem pés muitos pequenos, jà que se infligem torturas durante a infancia para fazer com o que os pes nao crescam normalmente. E’ aqui que vemos como esses preconceitos sejam absurdamente infondados, mas ao
Podemos ver o preconceito também na mesma relaçao entre os chineses e os japoneses, cada um pretendente a ser o guardiao da ordem e da civilizaçao no Extremo Oriente. A historia do “ Lotus Azul” nos fornece um retrato interessante dessa rivalidade territorial e cultural, na época da Segunda Guerra Sino-Japonesa. Uma explosao em uma ferrovia da Manchuria do Sul acionada por japoneses, foi usada como pretesto pelo japao para invadir o territorio chines.