til enredo
No Livro, Berta é sempre comparada a Flor, no capitulo inicial surge uma imagem de flor bela, mas imatura; já no fim do livro (no poente do sol) a imagem da flor se repete mostrando a “Flor Interior” cheia de caridade e abnegação. O autor cria assim uma idéia nítida de desabrochar, pelos trechos:
(Manhã: “.. Eram dois, ele e ela, ambos na flor da beleza e mocidade” e no Poente: "..Era a flor da caridade, alma sóror") E o uso da “alma sóror”. Sóror é um dos tratamentos que se dá às freiras.
Berta sacrifica-se para que todos vivem em paz e felizes. Faz com que Miguel e Linda fiquem juntos, e se resigna a cuidar dos que mais sofrem como Zana, Brás, Jão Fera (a quem ela reconhece como o seu verdadeiro Pai), a galinha sem pernas e etc.. e continua morando com nhá Tudinha.
. E assim reconhecemos Berta, a protagonista e ótima representação de heroína romântica. Porém, o que chama mais atenção na menina não é sua beleza (como em Iracema), mas sim sua caridade, seus valores e sua dedicação para com os excluídos. Muitas vezes Berta esforça-se mais em nome de interesses alheios do que de seus próprios, mas isso não faz dela uma figura ingênua ou boba, muito pelo contrário. Nessa primeira metade da obra a contrariedade do comportamento de Til (apelido da menina) é o que mais chama atenção, ela usa de sua influência e bondade para manipular atitudes alheias, mas sempre movida por boas intenções. Isso fica bem ilustrado no trecho: “Contradição viva, seu gênio é o ser e o não ser”.
A segunda metade é constituída de revelações e desembaraços das tramas apresentadas. Os cenários e edifícios deixam de ter descrição puramente material para adquirir significado subjetivo, relacionado ao passado oculto que envolvem muitas das personagens. O desfecho surpreende, percebemos o quanto Berta abre mão de sua felicidade, acompanhamos suas descobertas a respeito da misteriosa morte de sua mãe e suas conseqüências. O temido capanga Jão, o