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Aquecimento global
“Emitimos cerca de 9 bilhões de toneladas de monóxido de carbono (CO2) por ano, sendo que menos da metade dessa quantidade permanece na atmosfera. O CO2 é um dos causadores do efeito estufa, juntamente com o metano (CH4) e os clorofluorcarbonos (CFC). Medindo a concentração de carbono em rochas, os cientistas determinaram um aumento súbito na concentração de carbono na atmosfera entre as eras paleocena e eocena. Esse evento, seguido de uma queda lenta na concentração de carbono, foi denominado Evento Termal Máximo do Paleoceno-Eoceno (PETM) e estendeu-se por cerca de 150 mil anos, até que todo o carbono em excesso fosse reabsorvido (figura 1).
Figura 1: Acredita-se que o PETM foi desencadeado por um aumento da temperatura global, que teria causado o derretimento dos depósitos de hidrato de metano, liberando metano na atmosfera. Uma molécula de metano contribui cerca de 20 vezes mais para o aquecimento da atmosfera do que uma molécula de CO2. Com o tempo, o metano passa por um processo de oxidação, produzindo CO2, o que continua provocando elevação na temperatura.
O PETM teve como consequência um aumento da acidez dos mares, provocando a extinção de algumas espécies e a migração de outras em direção aos polos, além da diminuição do tamanho dos mamíferos durante o período de concentração alta de carbono na atmosfera.
Estamos lançando cada vez mais CO2 na atmosfera e a temperatura do planeta vem aumentando desde o início da era industrial. É questão de tempo até atingirmos uma temperatura global similar à que antecedeu o PETM, fazendo com que o metano das reservas de hidrato de metano existentes nos polos e no fundo dos oceanos seja liberado, causando um novo episódio de aumento de temperatura global com todas suas implicações à vida no planeta.”
(Fonte: National Geographic Brasil. Edição especial CO2. outubro 2011 [com adaptações]). I. O aquecimento gerado pelas emissões de CO2 serviria como