Thomas nagel
“Que quer dizer tudo isto?”
2º Parte
No capítulo quatro “O problema mente-corpo”, Thomas Nagel questiona-nos “Qual poderá ser a relação entre a consciência e o cérebro?” e “A tua mente é algo diferente do teu cérebro, ainda que ligada a ele, ou é o teu cérebro?”. Para nos tentar dar uma resposta o autor, com a ajuda do sabor a chocolate, distingue dois conceitos opostos: dualismo e fisicalismo respetivamente.
Os dualistas defendem que somos feitos de duas coisas muito diferentes: um organismo físico complexo e uma alma puramente mental. Por exemplo, enquanto comemos um chocolate, dentro do nosso cérebro ocorrem processos físicos complexos de tipos diferentes, e o sabor a chocolate não pode ser encontrado lá dentro, pois está encerrado no interior da nossa mente e é inobservável.
Ou seja, os fenómenos mentais são exteriores ao mundo físico.
Já os fisicalistas têm uma perspetiva diferente, dizem a mente é igual ao corpo, e tudo se reduz a um processo físico. Por exemplo, enquanto comemos um chocolate tudo o que acontece são processos físico que apesar de ainda não terem uma teoria específica sobre o que acontece no cérebro quando o saboreamos, crêem que a ciência o vai descobrir. Ou seja, acreditam que todos os fenómenos podem ser explicados pela ciência.
Nagel fala ainda da teoria do aspeto dual, esta apoia que enquanto comemos o chocolate, no nosso cérebro produz-se um processo com aspeto físico, que envolve transformações químicas e elétricas, e um aspeto mental – o sabor do chocolate. Ou seja, nós não somos um corpo nem uma alma – somos um corpo e o nosso cérebro é um objeto com aspetos físicos e mentais.
Com isto, percebemos que existem dois tipos diferentes de coisas que acontecem: as coisas que pertencem ao aspeto físico, aquilo se pode observar a partir do exterior, e aspeto mental, que cada um de nós sente no nosso interior.
“Não teremos uma conceção geral adequada do mundo enquanto não explicarmos como, quando muitos