Thomas alva edison

2887 palavras 12 páginas
Thomas Alva Edison

Decididamente, o professor não gostava dele. "O garoto é confuso da cabeça, não consegue aprender", queixava- se o reverendo Engle daquele menino de 8 anos, agitado e perguntador, os cabelos eternamente despenteados, que se recusava a decorar as lições, como faziam todos os alunos e ainda por cima ouvia mal. Naquele ano de 1855, o reverendo Engle era o único professor da única sala de aula da cidadezinha de Milan, no estado americano de Ohio assim, o implacável diagnóstico fulminou, três meses depois de ter começado, a carreira escolar do estudante Thomas Edison. Foi irremediável: nunca mais ele voltaria a freqüentar um lugar de ensino. Pode-se especular por toda a eternidade que diferença teria feito para a história pessoal de Edison se ele tivesse tido um professor menos bitolado, que não confundisse excesso de curiosidade com falta de inteligência. É bem possível que as rotinas da educação arcaica terminassem por asfixiar a desmedida vontade de saber daquele aluno irrequieto e, isso sim, poderia ter feito enorme diferença para o perfil dos tempos modernos. Pois raras pessoas ajudaram tanto a esculpir o mundo atual como Thomas Edison, o inventor da lâmpada elétrica e do fonógrafo, do microfone e do projetor de cinema, para citar apenas as de maior repercussão entre as literalmente mil - e - tantas utilidades que ele criou ou aperfeiçoou ao longo de uma vida trabalhada virtualmente sem tréguas quase até o final de seus 84 anos. Edison foi a encarnação mais que perfeita do supremo mito americano do self made man o homem que principia de baixo e apenas pelos próprios méritos termina coberto de glória e fortuna. Em 1865, quando acaba a guerra civil entre o Norte e o Sul, que matou 617 mil americanos, Edison tem 18 anos e ganha a vida como telegrafista. Em 1929, quando a quebra da Bolsa de Nova York anuncia os anos negros da Depressão, ele já passou dos 80 e festeja meio século da criação da lâmpada elétrica. Entre essas duas datas, os Estados

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