Administração – evolução, situação atual e perspectivas [*] Luiz Tatto** I – Introdução O ensino de Administração e, a sua prática no mundo das organizações sempre esteve associado a idéia-força de melhorar o desempenho através do treinamento sistemático. Nada mais simples de entender e nada mais complexo para ser colocado em prática efetiva. Simples, porque as organizações – grandes ou pequenas, públicas ou privadas, lucrativas ou não lucrativas – são na essência associações de pessoas, agindo predominantemente de acordo com suas experiências, percepções e motivações, que carecem por isso de uma certa identidade de propósitos e intenções para que seus esforços produzam resultados previsíveis e desejáveis. O que pode ser obtido através de treinamento, nas suas mais variadas formas. Complexo, no entanto, porque é meio vaga a idéia do que seja uma organização eficiente, dotado das características positivas, resultantes de consenso e aprovação. Adicionalmente, é necessário considerar que as profissões como forma operacional de atuação no contexto de uma sociedade, aparecem e se desenvolvem em consequência de sua utilidade social. O Administrador é ou, deve ser para as organizações, o que representa o Médico para a saúde de cada um de nós. Nesse particular, qual seria o respaldo e a proposta profissional da Administração? Qual o grau de internalização pela sociedade brasileira em particular e outras em escala global que passarão a incorporar novas demandas face a novos e complexos cenários emergentes? De valores como eficiência, inovação, ética, racionalidade na aplicação de recursos e na obtenção de resultados que formam a base valorativa da Administração? Qual a importância e a receptividade dadas, em nossa sociedade, ao Administrador como especialista na promoção daqueles valores maximizantes de recursos naturais, humanos e especializados? Essas questões e indagações encerram, a um só tempo, as dificuldades e o destaque