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Bibliografia: DOWBOR, Ladislau. Tendências da gestão social. Revista Saúde e Sociedade, n. 8, v. 1, p. 3-16, 1999.
Resumo:
O sistema capitalista é um bom organizador micro econômico da produção, mas é péssimo como distribuidor e um empregador cada vez mais precário.
O relatório da unctad, de 1997 traz uma analise precisa; nas ultimas três décadas a concentração de renda aumentou dramaticamente no planeta, desequilibrando profundamente a relação entre lucros e salários. No entanto, estes lucros mais elevados não estão levando a maiores investimentos que cada vez mais são desviados para a atividade especulativa , principalmente na área das finanças. Apesar de todos criticarem as injustiças econômicas, de certa forma, a desigualdade e os dramas sociais seriam um mal necessário de um processo no conjunto positivo e em ultima instancia, gerador de prosperidade. Na analise da Unctad “é esta a associação de aumento de lucros com investimento estagnado, desemprego crescente e salários em queda que constitui a verdadeira causa de preocupação”. Os atingidos não são apenas os pobres, mas todo o sistema produtivo.
O que esta se tornando evidente, já não numa visão estreita de critica sistemática anti capitalista, mas de bom senso enconomico e social, é que um sistema que sabe produzir, mas não sabe distribuir pois não é o suficiente. Apesar das atividades produtivas continuarem essenciais, a sociedade se tornou mais complexa. Para que milhões de unidade empresariais da agricultura, da industria, da construção, sejam produtivas, alem da própria organização da produção e do progresso da gestão empresarial.
O Setor produtivo precisa, portanto de infra estrutura adequada para que a economia no seu conjunto funcione. Mas precisa também de um bom sistema de financiamento e de comercialização, para que os processos de trocas, possam fluir de forma ágil.
No decorrer de meio século, passamos de uma visão filantrópica, de generosidade assistencial, de caridade, de um tipo de