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Há algumas regras morais que todas sociedades têm em comum, pois essas regras são necessárias para a sociedade poder existir. Nem todas as regras morais variam de sociedade para sociedade. Se existe uma "natureza humana", então existe um conjunto de valores que ultrapassa as barreiras culturais e, portanto, é universal. A ideia de "natureza humana" coloca a espécie acima da cultura e das relações sociais de produto dessa cultura. Logo essa "natureza humana" seria encontrar alguns valores absolutos, isto é, que não variam nem conforme o tempo nem conforme o lugar. Por baixo das diferenças culturais e econômicas haveria elementos invariáveis, comuns a toda humanidade e que, portanto, fariam parte de uma "natureza humana" independente de todos os outros fatores.

A doutrina que apoia a não existência de valores morais universais é o relativismo moral que caracteriza esta como uma visão de que as afirmações morais ou éticas variam de pessoa para pessoa, são todas igualmente válidas. Estas são todas baseadas na ideia de que não exista um padrão definitivo de moralidade do bem ou do mal, por isso cada decisão sobre o que é certo ou errado acaba por sobre as preferências e ambiente da pessoa. Logo os modos de agir são construídos de maneiras diferentes pelas várias sociedades, cada uma com os seus valores, modos de ser e compreender o mundo. Os modos de ser é construído nas relações sociais, familiares que são aprendidos e interiorizados ao longo do tempo. nesse sentido, uma "natureza humana" não é formada por elementos universais, mas conjuntos de valores que formam as comunidades humanas.