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1. O CONCEITO ANTROPOLÓGIVO DA CULTURA.
A compreensão do conceito de cultura é uma preocupação intensa em diversas áreas do conhecimento. O primeiro antropólogo a sistematizar o conceito de cultura foi EDWARD TYLOR, QUE EM SEU LIVRO Primitive Culture (1871), formulou a seguinte definição:
“cultura é todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade!
Lembramos que referimos à cultura em geral e também as culturas específicas tais como: a brasileira, a russa, a popular, a erudita, a negra, a indígina e outras. Por ser tão ampla seu uso, o conceito de cultura permite que “se use e abuse” dele.
A antropóloga americana MARGARETH MEAD (1901-1907) contribuiu da maneira fundamental para o debate sobre essa questão na década de 30 do século passado. Seu livro Sexo e temperamento (1969)é uma das mais conhecidas obras antropológicas.
Da comparação entre três culturas (Arapesh Mundugumor e Tchambuli) que compartilhavam de uma organização social semelhante, a autora destaca que duas delas (Arapesh e Mundugumor) a cultura não estabelece um padrão sentimental distinto para homens e mulheres.
Margareth Mead mostra ainda que não existem, por exemplo, os chamados instintos. Estes são, de fato, resultados de nossa educação de toda uma aorendizagem social.
A ideia de instinto materno, instinto sexual encobre os padrões culturais que os motivam e apenas os evidenciam como resultantes de comportamentos biologicamente determinados.
2. A CRÍTICA AO DETERMINISMO GEOGRÁFICO
O determinismo geográfico, teoria desenvolvida por geógrafos do século XIX e início do XX, afirmava que as diferenças do ambiente condicionam a diversidade cultural. Contudo ainda no século XIX esta teoria foi criticada por muitos antropólogos e perdeu forças.
O homem é resultado do meio cultural e herdeiro de um longo processo acumulativo, que