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Ser medíocre é ser normal?
Incrível como pelo menos no meu caso, meu processo de crescimento e amadurecimento foi pregado os clichês básicos da vida... "seja honesto consigo mesmo", "busque sua individualidade", "faça a diferença", "seja visionário"... E eu, já num determinado ponto da minha vida, percebo que existe essa censura intelectual que me deixa um pouco irritado. Ser melhor é pertencer a massa, não se destacar, ser banal, comum e igual? Porque? Pra quem?
Eu sempre soube que ninguém é ou precisava ser bom em tudo. Seja bom no que te faz bem. E quem me conhece o mínimo possível, sabe que minha real paixão sempre foi a comunicação.E é engraçado essa imagem que as pessoas possuem uma das outras, não é? Por exemplo, todo mundo sabe do grau de relevância que a Britney Spears teve e têm na minha vida. Mas as pessoas não sabem que semanas atrás, terminei de ler "Crime e Castigo" do Dostoiévski, que aos 17 anos já tinha matéria publicada no 2º melhor jornal do país, que ouço de Nina Simone e David Bowie a Bebel Gilberto e Tati Quebra-Barraco, fora a minha segunda grande paixão (o cinema). Se for Almodóvar ou Kubrick, pontos são garantidos automaticamente.
Nunca fui o rei da primeira impressão. Aliás, nunca quis ser. E chega a ser até mesmo meio fascinante isso, do "quem realmente te conhece, é quem tem que te conhecer".
Rola mesmo que inconscientemente essa opressão e essa dicotomia. Prego que se destaca sempre será martelado. Mas será que sempre será assim? Acho que o maior benefício humano é o acesso a informação e a capacidade de questionamento e análise pessoal ou emocional. Informação é de graça, é acessível e está em todos os lugares. Procura quem quer. Quando quer e se quiser. As pessoas que mais exercem essa censura intelectual, têm acesso às mesmas coisas que eu, mas escolhem outro estilo de vida. O que é praticamente normal, já que ninguém é igual.
A graça de tudo é justamente aprimorar seus talentos e descobrir que quem se posiciona melhor, não é o