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No primeiro capitulo a autora Sônia Kramer procura mostrar a relação entre a criança e sua infância na sociedade que ela está inserida e como esse fator determina os papéis e desempenhos no processo de socialização. Caracteriza-se criança como a oposição do adulto pela idade e maturidade, mas a criança muitas das vezes pode ser chamada como um adulto em potencialidade, dotada de habilidade e desenvolvimento acima de sua idade. É uma característica social da infância e está presente de várias formas em diversas classes sociais independente da organização da sociedade ver a dependência da criança frente ao adulto como um fato social e não como um fato natural, pois a criança é financeiramente dependente do adulto.
As crianças de classes menos favorecidas economicamente de recursos sofrem por serem consideradas carentes, ou seja, inferiores aos que possuem uma classe financeira mais alta, essas crianças “carentes” sofrem com privações culturais, carência afetiva, na linguagem ou atraso intelectual por ela estar inserida em um ambiente de má qualidade, onde ela não tem estímulos suficientes para impor as desigualdades, por isso o trabalho a ser desenvolvido na pré-escola é de extrema importância para todas as crianças, pois o trabalho pedagógico pode incentivar a educação partindo daquilo que a criança conhece e domina não das deficiências que lhe faltam, e assim possibilitaria sua compreensão do mundo e da realidade em que está inserida. A concepção da criança pela pedagogia é analisada em duas formas sendo a “tradicional” onde a tarefa da educação é somente disciplinar e ditar regras através de um adulto já à “nova” respeita e protege a criança na sua inocência, porque a educação não pode estar vinculada a autoridade do adulto mais sim pela liberdade de se expressar e ser espontâneo. O acesso escolar surge como uma ponte para ultrapassar as barreiras entre as