Texto sobre vida de Lucas Gabriel de Paula Padilha
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Engraçado como coisas pequenas me deixam mais leve.. Mais "feliz".
Deixo a palavra "feliz" em aspas porque não me considero feliz, exatamente. Meu afeto por meus não-irmãos de sangue faz com que eu me sinta ruim, cada vez que vejo alguém ser maltratado por fazer algo errado, ou só por simplesmente existir e levar uma vida diferente.
Mas antes eu não era assim... Eu era como os outros. Não exatamente, porque eu tinha alguns indícios de loucura, anormalidade. Mas seguia os padrões estabelecidos, o que me fazia mal. Eu não sabia onde me encaixava direito, só seguia o que minha família tradicional afirmava ser o certo.
Porém, existiram dois fatores que me ajudaram a evoluir e buscar o meu eu verdadeiro.
Um dos fatores foi a oportunidade de conhecer e me relacionar com Nicole. Devia dar um crédito a rede social que a achei, mas isto perde a importância quando lembro dela. Ela me mostrou um pouco do que sabia sobre ela mesma, e esse pouco foi o bastante. Como a maioria dos poetas ,caí no cálice do amor : mas o que era pior, eu nunca havia nadado. Eu, com 15 anos e pouca experiência de vida, não possuía nada além de espinhas e uma vontade danada de criar mais vínculos afetivos com ela. Pra resumir o que seria uma longa história de "perseguição" , acabei sendo chutado por querer ela somente pra mim. Comigo era assim, oito ou oitenta, com ela não era assim, tinha a vida dela, enquanto eu queria a vida de todos.
Não sei se sofrimento é a palavra certa, porque ainda não tenho uma definição concreta do que é sofrer, mas fiquei um bom tempo sem sorrir. As únicas pessoas que conseguiam arrancar umas ruguinhas do meu rosto eram minha mãe, meu pai e meu irmão, e meu melhor amigo/irmão,
Matheus (porém ,este também seguiu a vida dele , e na lista de convidados meu nome não constava, como sempre) .