Texto Isabela 1

Aluna: Isabella Brito 8º ano
Saboneteiro
“O Sr. Silas retornava para casa pelos labirintos de becos e ruas estreitas do centro da cidade.
Acabava de deixar as luzes douradas das grandes avenidas e seguia em direção de seu apartamento. Nada de agitação e brilhos. Apenas figuras tardias e agasalhadas.
O homem penetrava nos buracos da metrópole. E andava devagar, de cabeça baixa. Talvez ruminasse algum problema e andava devagar porque ficara em pé o dia todo.
Era uma noite horrível, úmida, nevoenta. A neblina penetrava a garganta e os olhos. Os reflexos de luz, gordurosos, davam-lhe calafrios. O Sr. Silas desviou a visão dos sujos tijolos que formavam o horizonte e pousou-a meio quilômetro mais a frente. Viu uma cozinha iluminada e a mesa posta. Havia torradas no fogão, uma chaleira que cantava e uma profusão de petiscos, doces e salgados. A visão emprestou uma nova energia aos pés doloridos. Sacudiu os ombros e apressou o passo. Mas o Sr. Silas não iria jantar naquela noite, nem qualquer outra. O Sr. Silas ia morrer. Atrás dele, a uns metros, caminhava outro homem. Um homem comum, até parecido com o Sr. Silas, mas com o coração morto. Esse homem dissera para si mesmo que o Sr. Silas nunca mais chegará a sua casa para jantar.”
Sacou a arma; engatilhou. Sr. Silas era sua mira 1, 2, 3. Atirou. O atirador correu, largando o corpo exatamente ali. “Sem nenhum rastro”, pensou.
Na madrugada, preocupada com seu marido, a Sra. Gina resolveu ligar para a polícia. A
Sargento Sally Donavan atendeu.
-Scotland Yard, boa noite.
-Hum, olá. Meu nome é Gina e... - uma pausa - Meu Deus! Por favor, mandem alguém para a
Parade Street 25A. Meu marido está caído no chão! - a mulher berrava e soluçava.
-Lestrade, temos um caso. -Sally entrou na sala do detetive.
-Ótimo. Como foi a coisa?
-Aparentemente a mulher encontrou o marido no meio da rua, enquanto telefonava pra cá se queixando do sumiço do mesmo... Abriu a cortina da janela e o encontrou estirado, provavelmente baleado. A polícia já