Texto Gorz fichamento
Manifesto contra o trabalho
A ditadura do trabalho morto: Manifesto contra o trabalho
Nos dias de hoje, a mão de obra humana vem sendo substituída pelo maquinário, mas a ideia de que quem não trabalha, não tem espaço no mercado e não realiza o crescimento profissional, segue estagnado. Para operar uma máquina, que faz o trabalho de várias pessoas, é necessária apenas uma, mas esta, se não tiver a formação correta, não consegue o emprego. Assim, aumentando a lista dos desempregados. E “quem não trabalha, não come!”, aumenta também a lista de mortalidade, de desabrigados, dos sem teto e culmina numa vasta lista, conhecida como “lixeira social”.
Antes, ter um trabalho pouco reconhecido, pouco assalariado, a ter nada e não crescer profissionalmente, o que leva também a crescer pessoalmente. Não se pode começar de cima, o certo é seguir a ordem, aos poucos que se chega lá.
A sociedade do Apartheid neoliberal
Tem o trabalho como mercadoria; é uma propriedade privada, com controle econômico; o comércio é o centro da sociedade; tem o apartheid como uma exclusão da maioria, no caso, dos desempregados; o capitalismo gera seus próprios problemas.
O neopartheid do Estado Social
Qualquer emprego é melhor que nenhum. Outrora, era necessário trabalhar para garantir o sustento. Hoje, milhares de pessoas simulam um trabalho inexistente em ateliers e derivados, assim garantindo o dinheiro do mês, sob a “proteção” do Estado.
O exacerbamento da religião do trabalho e o desmentido do respectivo dogma
Trabalhar e sacrificar-se por seu trabalho. Atos racionais, ou nem tanto.
O trabalho e um princípio de coerção social
Natureza e trabalho, relacionadas, trabalhando juntos. O ser vivo utiliza de matérias primas, utiliza a natureza para trabalhar..constrói casas, roupas, tira da natureza alimentos e muito mais.
Nas antigas sociedades agrárias, cada atividade tinha um determinado tempo e um determinado lugar. Cada um produzia uma parte, independente da ação natural