Texto Expositivo-Argumentativo da Obra Frei Luís de Sousa
293 palavras
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Na peça "Frei Luís de Sousa", de Garret, uma personagem que não podia faltar é o Romeiro. Primeiramente, o Romeiro não podia faltar pois é ele próprio o representante da fatalidade do destino que se abate sobre esta família. Explicitando melhor, o Romeiro é uma personagem com imenso caráter (austero, mas generoso, vingativo e alguém que perdoa) cujo percurso de vida é tão "anormal" (batalhas e cativeiro). A meu ver, no ato II, nas cenas onze, doze e treze, a chegada repentina do Romeiro é uma boa forma de peripécia que leva ao desenlace trágico da peça. O Romeiro chega falando do cativeiro e das palavras que jurou dizer a Madalena (sua antiga amada), que mesmo passando mais de vinte e anos ainda ama. Apesar de o Romeiro ser D. João de Portugal, a sua identifade não é descoberta devido ao seu aspeto (barbas longas, roupa velha, estado de velhice), acontecendo a anagnorise apenas na cena quinze, quando Frei Jorge descobre quem é o "verdadeiro" Romeiro. No ato III , na cena cinco, a voz do Romeiro é reconhecida por Telmo, e o Romeiro ede a Telmo para comunicar à família que o Romeiro é um impostor, devido às desgraças que iam ocorrer, mas Frei Jorge não deixou que Telmo dissesse algo. Finalmente, a parte da peça em que esta personagem me chamou mais a atenção foi quando o Romeiro se iludiu por ouvir Madalena chamar por "el marido" pensando que era para ele e na verdade era para Manuel de Sousa. Assim, concluo que se esta personagem não existisse a peça "Frei Luis de Sousa", de Garret, não seria a mesma, pois nesta peça aparece como alguém tão diferente que não é reconhecido e que procura mudar o rumo aos acontecimentos do deselace.