Texto 2 Lau
Tanto a Fenomenologia quanto o existencialismo, no decorrer da história, permitem interpretações de grande abertura, nas discussões filosóficas de diversos autores, indicando que as conclusões sofrem influências pelo ambiente, pela cultura e pelo período histórico em que os autores viviam. Resultando assim em uma visão diferenciada, porém nem tanto distanciada, dos conflitos de consciência atuais vividos pelo homem. Tratando-se de questões claramente filosóficas, a crítica estabelecida é de que os conceitos citados possuem fundamentos em hipóteses ou perspectivas do homem, seu pensamento e a sociedade, e as concretizações analíticas criam dependência das interpretações formuladas pelo sujeito e sua própria vivência.
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A crise epistemológica da psicologia, oriunda da reflexão sobre os fundamentos da Psicologia, foi debatida por vários teóricos, que representavam certo momento de ebulição da crítica da psicologia científica, surgindo uma nova perspectiva para a disciplina psicopatológica sustentada na noção de causalidade. Para compreender o sujeito é preciso buscar as conexões compreensivas da vida psíquica, pois o diagnóstico da situação do paciente devia ser feito sempre a partir da biografia do mesmo. Dessa forma, foi surgindo a compreensão de que a vida psíquica é um todo. Além disso, a biografia leva uma perspectiva histórica mais ampla. Sendo assim, o método biográfico tem muito mais a contribuir para a construção de uma nova disciplina.
A concepção de homem, de acordo com Jean-Paul Sartre, só pode ser compreendida levando em conta sua história individual. Ele busca uma síntese entre a psicanálise, o marxismo e o existencialismo: tendências que se manifestam no mesmo momento. Sartre assinala precisar da relação do sujeito com as estruturas que o determinam. A ação humana sustentada nas condições dadas, por mais alienada que