Texos Sociologia
Para ele, algumas formas de dominação predominam: de uma etnia sobre a outra, dominação cultural e dos homens sobre as mulheres. E todas são difíceis de entender. Em algumas culturas, até hoje existem lugares separados, onde algumas pessoas não tem permissão para entrar, e na maioria dos casos, essas pessoas são as mulheres.
No Brasil, isso vêm mudando, segundo o TSE, esse ano a participação das mulheres nas eleições cresceu 46,5% em relação à 2010. Mas ainda a diferença é grande: de 25 mil candidatos, 7.407 são mulheres, representando 29,73% do total.
Os resultados ainda mostram a diferença: dos 27 senadores eleitos, 5 são mulheres, 18,5% do total. Em 2010, eram 54 vagas e foram eleitas 7 mulheres. Na Câmara Federal, dos 513 deputados eleitos, são 51 mulheres.
Bordieu fala do mercado de trabalho, que em várias profissões as mulheres não são representadas, e se estão presentes é em posições inferiores. (Pensem em profissões masculinas pra gente ilustrar). E tem algumas predominantemente femininas, como pedagogia, por lidar com crianças. Lugares públicos, de discursos, de política, são masculino. Lugares internos, íntimos, da psicologia, são femininos. Ele cita um "Princípio de vocação", que determina essa divisão no mercado de trabalho, como se as mulheres tivessem mais facilidade e vocação para algumas tarefas. E muitas escolhas que as mulheres pensam que fazem livremente, na verdade é por esse princípio, que pode ser relacionado ao imaginário social.
Antes, as diferenças eram objetivas, tinham escolas para homens e escolas para mulheres. Hoje, é subjetivo, quase inconsciente. Está maquiado. As mulheres hoje estão relacionadas aos bens simbólicos, estéticos, é uma espécie de especialização natural.
O IMAGINÁRIO SOCIAL: Para o autor, a instituição (pode ser família, nesse caso) é composta por uma parte funcional, que é a prática, a parte mais palpável, concreta. E um componente imaginário. (Imaginário: o que é ou existe só na imaginação, que não é