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Capítulo 3 - Os acidentes: Nem tudo são Flores
Apesar de tanta magia e encantamento, nem tudo é paraíso. Por vezes, aquilo que devia ser um simples passeio, transforma-se em tragédia de proporções incontroláveis, e então nos damos conta de que apesar de toda experiência que julgamos ter, somos apenas um pouco mais que marionetes nas mãos de forças muito maiores, apenas porque nos julgamos fortes, preparados, capazes de enfrentar qualquer dificuldade, ignorando a intuição e avançando a ferro e fogo até nos darmos conta de ter entrado em uma tremenda enrascada. Então, estamos entregues à nossa própria sorte e competência, e por vezes descobrimos que o paraíso pode virar um inferno em questão de horas.
Boiçucanga
Boiçucanga pertence ao município de São Sebastião, litoral norte do Estado de São Paulo. De todos os balneários do município, é considerado o de melhor infra-estrutura da região. Com fácil acesso através da Rodovia Rio-Santos, têm praias de tombo com areias grossas, águas limpas e ondas fortes, e devido à sua localização privilegiada, nos possibilita um fato inédito no litoral do Estado: apreciar o Sol se pôr no mar. Era verão, o dia amanheceu claro e sem nuvens, prometendo mais um glorioso passeio. No ônibus, cerca de vinte pessoas: Como sempre, Lagoa, Keico, Vicente como guias, minha amiga Egle me fazendo companhia, além de um senhor com seus cerca de cinqüenta anos que se chamava Paulo. O ônibus subiu de Caraguatatuba por uma estradinha de chão, e nos deixou no alto da Serra do Mar, em algum ponto entre Salesópolis e Boiçucanga. Um pouco de alongamento, apresentação dos excursionistas, mochila às costas e partimos por uma trilha bem marcada, com declive acentuado e diversos degraus de terra úmida, um tanto escorregadia, exigindo um certo cuidado para evitar quedas. A trilha era um tanto estreita, obrigando-nos a seguir em fila