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Em sua obra, Schrodinger argumentava que o gene deveria ser compreendido como uma molécula; uma molécula tal que fosse tão grande e estável como um cristal. Ela, entretanto, não poderia ser exatamente tão bem organizada e rígida como um cristal por um motivo muito simples: ela precisava guardar informação; a informação biológica para a função celular e para a hereditariedade. Um cristal, bem se sabe, consiste num conjunto de moléculas altamente ordenadas e que, por sua ordem tão precisa e repetitiva, não é capaz de guardar formas complexas de informação. Um cristal de sal, por exemplo, não tem nenhuma informação e consiste simplesmente numa organização precisamente montada de átomos de sódio e cloro. É como se o cristal clássico consistisse numa única frase química repetida milhões de vezes, como o Na-Cl. Para formar um livro químico-informacional da vida, precisaríamos ter várias frases contendo diferentes sentidos, fórmulas semânticas complexas a encerrar toda a informação necessária para a vida acontecer e ser passada adiante. O material genético de uma célula precisa ser capaz de "organizar" e manter a vida, além de passar para as próximas gerações a informação