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Em Goiás, o Delegado Waldir (PSDB) recebeu mais de 274 mil votos com o slogan “vote 4500, 45 da arma e 00 da algema para o bandido”
Fernando Diniz
Direto do Distrito Federal
O deputado com maior votação no Rio de Janeiro foi o coronel reformado Jair Bolsonaro (PP)
Foto: Mauro Pimentel / Terra
As listas de deputados federais eleitos em cada Estado, no domingo, concentram principalmente dois perfis: parentes de políticos tradicionais e policiais. Nove eleitos têm relação de parentesco com outro político local, enquanto outros cinco são ligados a polícias ou às Forças Armadas.
O deputado com maior votação no Rio de Janeiro foi o coronel reformado Jair Bolsonaro (PP), conhecido por suas opiniões polêmicas em defesa da ditadura militar. Na mesma linha, o líder de votação no Distrito Federal foi Alberto Fraga (DEM), tenente coronel da Polícia Militar, que critica a campanha do desarmamento e defende penas mais duras para criminosos.
Em Goiás, o Delegado Waldir (PSDB) recebeu mais de 274 mil votos com o slogan “vote 4500, 45 da arma e 00 da algema para o bandido”. No Pará, outro delegado foi o campeão de votos: Eder Mauro, do PSD, recebeu 265 mil votos. O líder de votos no Ceará foi o ex-delegado federal Moroni (DEM), que já presidiu a Comissão de Segurança Pública da Câmara.
Para o professor de Ética e Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Roberto Romano, há um “despontar gradativo” recente da extrema direita no Brasil, devido à ineficiência das instituições. “Quando você tem uma crise da sociedade em que o Estado não está conseguindo responder com as políticas públicas básicas, a tendência é procurar um partido, um movimento ou um indivíduo que seja um salvador, e que garanta a salvação. O Brasil tem essa tendência de esperar o salvador”, disse.
Parentes
Em Estados do Norte e Nordeste, os parentes de políticos concentram a maior votação para a Câmara dos Deputados. São três