Teste
No que tange a análise proposta neste artigo, Bowditch e Buono (1997), têm como grande contribuição conceitual a definição dos elementos de interesse na organização, ou seja, o entendimento da relação entre as organizações e os diversos grupos sociais que são afetados pela sua operação: acionistas, funcionários, sindicatos, clientes, fornecedores, comunidade local, entidades governamentais e assim por diante.
O modelo dos interessados na organização (stakeholders), descrito por Bowditch e Buono (1997, p. 144), sugere que as incorporações estejam a serviço de uma sociedade maior, reconhecendo que as exigências sobre as organizações empresariais crescem continuamente e, ampliando a variedade de grupos que não eram tradicionalmente definidos como parte do interesse imediato da organização.
Segundo os autores “interessado é qualquer grupo ou indivíduo que possa afetar ou ser afetado pelo desempenho da organização em termos de seus produtos, políticas e processos operacionais”. (Bowditch e Buono,1997, p. 145)
O modelo dos interessados vem desequilibrar o modelo do acionista, que tem em sua essência a responsabilidade de servir os interesses dos donos e os diversos grupos afetados por suas organizações são vistos apenas como “transações de mercado” e não influenciadores nas decisões.
Neste contexto, Lodi (2000), ao tratar de Governança Corporativa, demonstra que esse é um novo nome para o sistema de relacionamento entre acionistas, auditores independentes e executivos da empresa, liderado pelo Conselho de Administração.
Do debate sobre as divergências de interesses apresentadas por esses dois modelos, acionistas e interessados, surge o princípio de “conselheiro esclarecido”, conceituado por Lodi (2000) como sendo dever da empresa maximizar os ganhos dos acionistas, porém fazendo isso de forma responsável e levando em conta o longo prazo. “O conselheiro tem obrigações